terça-feira, 29 de junho de 2010

23.june/junho


(portuguese man-of-war "sunbathing"/caravela-portuguesa a "bronzear-se")


(Risso's dolphin/grampo)

9am

This morning we had to decide between sperm whales in the north of Faial spotted by our vigia Vargas; or baleen whales in the south of Pico spotted by the vigia Antero. Baleen whales are common in the Azores during spring and fall when they migrate between polar and tropical waters, but they are rare in late June so we decided to try and see them on this unique opportunity.


Antero said there were fin whales and blue whales around. They were being a bit difficult to spot, because the sea was flat calm which causes their blows to not rise as high as usual. We saw one individual a bit far away, therefore I can’t be completely sure what species it was, but it seemed to have a dark back without any particular characteristic markings, so I presume it was a fin whale (Balaenoptera physalus). Unfortunately we couldn’t approach and get a better look. The baleen whales were travelling quite fast, only coming up to the surface for about 1-3min and staying submerged for 10-15min.


While we were trying to spot the blows, I noticed a few dorsal fins close by. It was a group of Risso’s dolphins (Grampus griseus). They seemed to be foraging, changing direction a lot and raising their flukes when diving. With the group of Risso’s there was an individual of another dolphin species, a short-finned pilot whale (Globicephala macrorhynchus). We can distinguish the pilot whales due to their apparently uniformly black coloration, but essentially due to the distinct dorsal fin. The pilot whales have a short, thick dorsal fin, quite distinct of the Risso’s tall dorsal fin. The first can reach 6.5m in length and weigh more than 1tonne, while the latter don’t go beyond 4m and 600kg. It is not usual than pilot whales form mixed-species groups with other dolphins.


We stayed with the dolphins for a short while but then we tried to see the baleen whales again. Finally we were able to get close enough to see one individual clearly. It was the largest animal in the world, the blue whale (Balaenoptera musculus). It was the first time I saw blue whales so I was ecstatic! On the field, if you don’t get close enough, the baleen whales can be hard to distinguish but the blue whale has the blue-grey coloration with a speckled pattern all over. In the North Atlantic, this species can grow up to 28m and weigh 125tonnes. They feed exclusively of bioluminescent krill.


After a good look at the blue whale, we started heading back. On the way back we noticed some splashes in the water. It was another species, a group of bottlenose dolphins (Tursiops truncatus) that got closer to bowride. Five species in one tour, what a lucky trip.


(Cory's shearwater paddling/cagarros a descansar)

(blue whale/baleia-azul)

(bottlenose dolphin synchronized leaping/roazes a saltar sincronizadamente)

09:00

Esta manhã tivemos de optar entre ver cachalotes no norte do Faial avistados pelo vigia Vargas; ou baleias de barbas no sul do Pico avistadas pelo vigia Antero. As baleias de barbas são comuns nos Açores durante a Primavera e o Outono quando passam nesta área entre as suas migrações para águas polares e tropicais. No entanto, são raras no final de Junho, pelo que optámos por tentar avistá-las nesta oportunidade única.


O vigia Antero tinha-nos informado de que havia baleias-comuns e baleias-azuis por perto. Inicialmente, foi difícil avistá-las porque o mar estava muito calmo, e por isso os sopros não atingiam as proporções normais. Vimos um indivíduo à distância por isso não consigo ter a certeza de que espécie se tratava, mas parecia ter o corpo escuro sem quaisquer marcas características, pelo que presumo que se tratava de uma baleia-comum (Balaenoptera physalus). Infelizmente, não nos conseguimos aproximar mais. As baleias estavam a deslocar-se muito depressa, apenas permanecendo à superfície cerca de 1-3min e ficando submergidas entre 10-15min.


Enquanto tentávamos avistar os sopros reparei nalgumas barbatanas dorsais a emergir perto. Era um grupo de grampos (Grampus griseus). Pareciam estar à procura de alimento pois mudavam constantemente de direcção e mostravam a barbatana caudal quando mergulhavam. Juntamente com os grampos havia pelo menos um indivíduo de outra espécie de golfinhos, a baleia-piloto tropical (Globicephala macrorhynchus). É possível distinguir esta espécie devido à sua coloração preta aparentemente uniforme, mas essencialmente devido à sua barbatana dorsal curta e larga, muito distinta da barbatana longa dos grampos. As baleias piloto podem atingir os 6.5m de comprimento e pesar mais de 1tonelada, enquanto que os grampos não vão além dos 4m e 600kg. Não é de estranhar que as baleias piloto formem grupos com outras espécies de golfinhos.


Ficámos um bocadinho com os golfinhos mas depois tentámos ver as baleias de novo. Finalmente conseguimo-nos aproximar suficientemente para ver claramente um indivíduo. Era uma baleia azul (Balaenoptera musculus), o maior animal do mundo. Foi a primeira vez que vi baleias azuis portanto eu estava felicíssima! No mar, se não nos aproximamos o suficiente, as baleias de barbas podem ser muito difíceis de distinguir mas a baleia-azul possui uma coloração azul-acinzentada com um padrão de manchas ao longo do corpo. No Atlântico Norte esta espécie pode crescer até aos 28m e pesar 125 toneladas. Alimentam-se exclusivamente de krill bioluminescente.


Depois de contemplarmos a baleia-azul, começamos a dirigir-nos de volta à Horta. No caminho, notámos salpicos na água. Era outra espécie de golfinhos, um grupo de roazes (Tursiops truncatus) que se aproximou para nadar à proa da embarcação. Que viagem mais sortuda com cinco espécies de uma vez.


Susana Simião

1 comentário:

  1. Adorei a forma como descreve os acontecimentos; só lamento não ter estado presente para me deliciar com a vista da baleia azul.

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